Eu
sou uma mistura das palavras do Edson Nery da Fonseca com as menções do
Fernando Pessoa, tipo isso:
“Eu
não tenho sequer pós-graduação, não tenho mestrado, doutorado, tenho apenas um
bacharelado em uma ciência que ninguém leva a sério chamada biblioteconomia... À
parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”
Larguei
o mundo das artes e fui à busca do sonho da Biblioteconomia. Na minha
concepção, este era o caminho para levar a informação aos excluídos da
sociedade, aos locais em que o livro não estava. Cheguei à Biblio com um
projeto para implantar uma biblioteca no cárcere e a Biblio não achou isso nada
bonito. Foi complicado, tantos nãos, mas não desisti. Consegui e hoje a
biblioteca da penitenciária da cidade é realidade. Fiz o mesmo com uma escola
da periferia que também não tinha biblioteca, montei espaços de leitura nos
hospitais da cidade, casas para recuperação de dependentes químicos.
Sim, esta é a minha Biblioteconomia, o meu jeito de assimilar a área, uma Biblioteconomia Social, que agrega valores dentro das comunidades que poucos se atrevem a entrar. Mas quando levei isso para a pesquisa cientifica, descobri então que sequer o termo “Biblioteconomia Social” existia no Brasil e conceito só obtive com autores fora do país. Aquilo que eu fazia não existia até então... Como pode? Por isso, pretensiosamente, me encontro tanto nas palavras no saudoso e sábio Edson Nery da Fonseca. Dentro da contemporaneidade, talvez seja preciso conceber a técnica bibliotecária, mencionando também a responsabilidade social que a cerca.
Devemos tratar e disseminar a informação, mas também de levar esta informação a quem não tem acesso a ela, transformando a nossa Biblioteconomia em ponte para o acesso a educação, afinal não classificamos e catalogamos apenas os livros, mas o saber acima de tudo.
Sim, esta é a minha Biblioteconomia, o meu jeito de assimilar a área, uma Biblioteconomia Social, que agrega valores dentro das comunidades que poucos se atrevem a entrar. Mas quando levei isso para a pesquisa cientifica, descobri então que sequer o termo “Biblioteconomia Social” existia no Brasil e conceito só obtive com autores fora do país. Aquilo que eu fazia não existia até então... Como pode? Por isso, pretensiosamente, me encontro tanto nas palavras no saudoso e sábio Edson Nery da Fonseca. Dentro da contemporaneidade, talvez seja preciso conceber a técnica bibliotecária, mencionando também a responsabilidade social que a cerca.
Devemos tratar e disseminar a informação, mas também de levar esta informação a quem não tem acesso a ela, transformando a nossa Biblioteconomia em ponte para o acesso a educação, afinal não classificamos e catalogamos apenas os livros, mas o saber acima de tudo.